A relação entre soft skill e qualidade de vida no trabalho

Aposto que você nunca ouviu falar tanto de soft skills como depois da pandemia, certo? O boom de conceitos relacionados ao desenvolvimento humano, às aprendizagens e inovação ganharam relevante proporção no mundo, pois a história é que temos um novo marco que divide o antes e depois da evolução humana (o trabalho e a educação): a Covid 19.

Bem ou mal, o processo de adaptação ao chamado “novo normal” foi forçado e, assim, pensada uma solução rápida para a socialização humana (já existente). A geração “zoomer” nasceu e assim, passamos a estar juntos novamente em salas virtuais para reuniões de trabalho, de pais, com professores e as salas de aula passaram a estar nas nossas casas, assim como as empresas.  

E as famílias, trabalhadores, empresários (etc.) se adaptaram (bem ou mal) com as novas rotinas técnicas e subjetivas dos interlocutores presentes que dividem e/ou dividiam três contextos em um: casa, empresa, escola.

Convenhamos: haja gestão do stress, adaptabilidade, flexibilidade, intermediação de conflitos, linearidade de lideranças, resiliência, regulação emocional, regulação da aprendizagem e mais gestão de vida e… esse ciclo se repetiu e repete muitas vezes. Um pouco de “normalidade” não faz mal a ninguém, inclusive é ótimo para a saúde mental.

Reparem que para todo esse processo relatado nas linhas anteriores, existem palavras que são naturais e inerentes aos seres humanos, mas que, cada um à sua maneira tem mais ou menos, porém, todos podem desenvolver.

São as chamadas soft skills – habilidades e competências socioemocionais. Compreender esse conceito é fundamental para a vida e dentro das organizações é imprescindível para avaliar a qualificação das pessoas, seja um candidato, seja um colaborador (todos em geral).

A palavra “skills”, traduzida do inglês, significa “habilidades”, assim, o entendimento de que fala sobre as aptidões. Convenhamos que o entendimento da percepção do outro é também subjetivo e deve ser bastante avaliado e com outra skill latente, o senso de justiça, baseado em análises outras sobre o comportamento humano e seus desempenhos para uma mensuração justificável e justa.  

Porém, com o desenvolvimento do mercado de trabalho e o aumento das exigências que um profissional deve cumprir para ser considerado qualificado e capacitado, as chamadas soft skills vêm ganhando relevância.

O PhD Guy Berger realizou uma pesquisa com centenas de gerentes de contratação nos EUA e concluiu que 58% dos entrevistados disseram que a falta de habilidades pessoais entre os candidatos limita a produtividade da empresa.

Para Berger, são as soft skills os elementos fantásticos, e não as qualidades técnicas. Ele ainda afirma que um bom tutorial do You Tube ensina muito bem habilidades técnicas, porém sociais não há tutorial que resolva.

Competências são capacidades adquiridas e aprendidas ao longo da vida. E para que as competências sejam desenvolvidas é necessário envolvimento, escolha, tomada de decisão, desenvolvimento, autonomia no processo, resultados e consequências sobre os mesmos e após, melhorias nos processos e aprendizados. E para cada esforço (volição), a motivação, forte pilar do desempenho das pessoas.

As competências técnicas por muito anos foram a principal fonte de análise, sobretudo profissional. Por natureza, as hard skills são mais facilmente mensuradas e identificáveis, podendo ser mais facilmente aprendidas e ensinadas por meio de cursos, treinamentos, workshop’s, capacitações, etc.  São as aptidões técnicas profissionais.

As soft skills são mais difíceis de quantificar e reconhecer, pois são habilidades sociocomportamentais, ligadas às aptidões mentais e emocionais dos indivíduos, e abrangem toda a experiência psicossocial da pessoa, o que faz com que sejam habilidades mais difíceis de serem ensinadas ou assimiladas devido à singularidade e subjetividade humana.

Esse nosso ponto de partida: sua importância como grande diferencial humano nos coloca diante da coerência do que diferencia homens e máquinas e todas as “especulações” do futuro do trabalho e das profissões (vide artigo que ainda colocarei aqui sobre as habilidades cognitivas). Alguns estudos dizem que centenas de profissões irão ser substituídas por robótica, digitalização, softwares plataformização e outras tecnologias, enquanto que aquilo que não se transpõe às máquinas é diferencial humano. Portanto, de nada adianta contar com profissionais tecnicamente capacitados, mas que tenham dificuldade em lidar com ambientes e relações humanas de pressão ou de trabalho colaborativo. Dentre as soft skills mais requeridas pelo mercado estão:

  • comunicação interpessoal;
  • capacidade de persuasão;
  • intermediação de conflitos;
  • resiliência;
  • proatividade;
  • resolução de conflitos;
  • capacidade de trabalhar sob pressão;
  • senso de liderança;
  • capacidade analítica;
  • adaptabilidade;
  • criatividade;
  • flexibilidade;
  • empatia, etc.

Qual a relação, então, entre desenvolvimento de soft skills e qualidade de vida no trabalho? É simples e aqui permeia a conclusão deste artigo. Ao se desenvolver as habilidades e competências socioemocionais o sujeito desenvolve também a capacidade de lidar com os desafios do trabalho, com sua própria gestão de vida e carreira, pois o mesmo (trabalho) para além da sua função psicológica, está também na dimensão social (comportamental).

E o que é necessário para desenvolver tais habilidades e competências socioemocionais, as chamadas soft skills?

Apesar de serem processos muito específicos, as capacitações, os treinamentos com foco em auxiliar o desenvolvimento das pessoas de maneira bem direcionada para tal, a cultura educacional e organizacional deve ser orientada para isto, de forma intencional e consciente.

E podemos contar também com a ajuda da tecnologia para mapear tanto as soft como as hard skills. No entanto, os maiores processos de desenvolvimento de soft skills estão ligados ao contato tácito (pessoal e intransferível) ou o famoso tete a tete.

E as empresas desempenham papel fundamental nessa abordagem desenvolvimentista quando adotam práticas com o objetivo de construir e fortalecer as aptidões técnicas e sociais, que podem ser através de soluções, como palestras, treinamentos, capacitação, cursos, workshop’s, dinâmicas, e tantas formas de desenvolvimento que se possa pensar.

Para isso a Semear Saúde pode te ajudar!

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Karina Campos

Psicóloga do Trabalho | Mestre em Educação

Palestrante, Head Trainer, Career Coach

Head Learner & Development

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